Segmentos mais impactados podem ser Turismo e Economia Criativa, que já demonstravam sinal de recuperação
Com o aumento dos casos de contaminação da Covid-19, devido a chegada da variante Ômicron, atividades ligadas à Economia Criativa e ao Turismo, que vinham apresentando recuperação, voltaram a ser impactadas e precisam adotar uma série de medidas para reduzir o risco de contaminação dos funcionários e conseguirem se manter operando.
O presidente do Sebrae, Carlos Melles, destaca que a chegada da nova variante Ômicron tem causado preocupação junto aos empresários, tanto em função no impacto que tem sido registrado nos colaboradores e funcionários, quanto pelo sentimento de receio por parte dos consumidores. “Já estão sendo afetados alguns segmentos da Economia Criativa e Turismo. É o caso, por exemplo, do cancelamento de voos e transportes para a população, ou o receio dos consumidores de frequentarem ambientes mais fechados como teatros e museus”, comenta.
De acordo com a 13ª Pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nos Pequenos Negócios, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), em novembro do ano passado, 88% das empresas ligadas ao Turismo e 81% das ligadas à Economia Criativa estavam funcionando e, respectivamente, ainda apresentavam queda de faturamento de -42% e -45%, as menores da série histórica. Esses dois segmentos chegaram a apresentar no início da pandemia queda de faturamento superior a 86%.
“A nova variante pode interromper essa linha de evolução ou até fazer com que ela retroceda. Com a chegada do verão, com o aumento da vacinação e com a redução do número de mortes, as expectativas eram grandes para essa época do ano, mas a situação atual exige que se ligue o sinal amarelo e que as empresas reforcem os protocolos de segurança”, frisa Melles. Ele ainda chama a atenção para o fato de que bares e restaurantes continuam tendo movimento, mas que também precisam ficar atentos a situação atual.
O gerente de Competitividade do Sebrae, Cesar Rissete, diz que para amenizar os impactos dessa nova onda sobre o faturamento das empresas, é importante que os empreendedores fiquem atentos à saúde dos funcionários e colaboradores. “É preciso evitar que existam funcionários com sintomas no ambiente do trabalho e é sempre bom lembrar que proteger os funcionários é proteger os clientes”, pontua.
Rissete ainda revela que, do ponto de vista dos negócios, é preciso manter uma comunicação ativa e utilizar ferramentas como as redes sociais com seus clientes para que eles tenham uma percepção real de que aquele estabelecimento é um ambiente seguro e adequado para frequentar. O gerente do Sebrae chama a atenção ainda para o fato de que é preciso ter cuidado com a gestão de estoques, principalmente se o empreendedor perceber que o movimento estimado não está sendo concretizado, o que pode evitar custos desnecessários. “No momento que você tem essa nova cepa, a gestão de custo e de estoques faz parte de um processo para reduzir o impacto da nova onda nas finanças da empresa”.
Protocolos de segurança
Uma das questões fundamentais que os empreendedores devem adotar, para deixar o consumidor mais confortável e seguro e assim conseguirem manter a atividade da empresa, é adotar os protocolos de segurança. Desde o início da pandemia, o Sebrae junto com os ministérios da Economia e da Saúde e com apoio de entidades de classe setoriais e de instituições nacionais produziu um conjunto de protocolos que estão disponíveis gratuitamente para os empresários no portal do Sebrae.
Além dos protocolos de segurança atualizados, o Sebrae ainda oferece consultorias para a adoção e controle dos protocolos e uma página especial de cuidados que devem ser adotados com as finanças da empresa, envolvendo toda a parte de gestão financeira, de estoque, de pessoas, de colaboradores e que impactam o negócio. “Há todo um conjunto de orientações e consultorias para melhorar o atendimento dos clientes”, conclui Rissete.
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